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NOTÍCIAS quinta-feira, 20 de Fevereiro de 2020, 11h:14 | - A | + A

FEVEREIRO LARANJA

MÊS DE COMBATE A LEUCEMIA

 

Da Redação       

Fevereiro é mês do Carnaval, marchinhas, fantasias e samba. Mas também é o mês da campanha Fevereiro Laranja, de conscientização sobre a incidência da leucemia. Por mais que o assunto sempre deixe as pessoas em alerta, prevenir nunca é demais. 

De acordo com a Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (Abrale), no Brasil, atualmente, a leucemia é o 9º câncer mais comum entre os homens e o 11º entre as mulheres. E de acordo com dados divulgados este ano pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA), no Brasil, a estimativa é de que 10.810 novos casos surjam por ano, sendo 5.920 em homens e 4.890 em mulheres. Em 2015, ocorreram 6.837 mortes devido à doença, sendo 3.692 homens e 3.145 mulheres. 

Segundo a médica hematologista, Paloma Borges dos Santos Valk, a campanha Fevereiro Laranja é muito importante, principalmente quanto à atenção para alguns sinais e sintomas da doença que podem ser percebidos em um estágio inicial e propiciar um diagnóstico precoce.

“As pessoas precisam se atentar para os sinais de alerta: hematomas, cansaço em excesso (fadiga), a anemia (palidez), plaqueta baixa (que pode ser indicada por manchas roxas no corpo), sangramento no nariz, infecções de repetição (as pessoas podem apresentar infecções com evolução mais rápida para forma grave). Ao perceber algo de errado, a orientação é fazer um hemograma, que é um exame acessível, geralmente feito em unidades de pronto-atendimento, por exemplo”, afirma a especialista.

Leucemia

Dos cânceres do sangue, a leucemia é um dos mais conhecidos. Tudo começa na medula óssea, líquido gelatinoso que ocupa o interior dos ossos que produz os componentes do sangue: hemácias (ou glóbulos vermelhos, responsáveis pelo oxigênio de nosso organismo), leucócitos (ou glóbulos brancos, que combatem as infecções) e plaquetas (responsáveis pela coagulação do sangue, evitando hemorragias).

 A leucemia acontece quando os glóbulos brancos perdem a função de defesa e passam a se produzir de maneira descontrolada. São várias as linhagens celulares que derivam da medula óssea e, baseando-se nos tipos de glóbulos brancos que elas afetam, as leucemias estão dividias em dois grandes grupos: mieloide e linfoide. As que afetam as células linfoides são chamadas de: leucemia linfoide, linfocítica ou linfoblástica. Já as que afetam as células mieloides são chamadas de leucemia mieloide ou mieloblástica.

“É importante estar atento a comportamentos de risco que podem auxiliar no desenvolvimento da doença, como exposição a agentes tóxicos, como derivados de petróleo e radiação, inclusive a solar. Entre os fatores que influenciam estão, também, questões genéticas e exposição anterior a tratamentos contra o câncer, principalmente em pacientes idosos”, explica a médica.

“A leucemia pode ser provocada por um fator externo, o paciente pode apresentar sintomas de aparecimento rápido. Por isso, é importante estar atento aos sinais e não achar que não é nada, porque a evolução é muito rápida”, completa Paloma Valk.

“Grandes avanços e esperança têm surgido nessa área, com novas terapias direcionadas para alterações moleculares específicas, anticorpos (chamadas terapias personalizadas) e a terapia celular, como CAR-T Cell, um tipo de terapia genética que modifica células de defesa do paciente (linfócito) e faz com que consiga combater as células cancerosas. Esta terapia é a que recentemente recebeu atenção da mídia, quando pesquisadores brasileiros de Ribeirão Preto conseguiram fazer este tipo de tratamento de forma experimental, com excelentes resultados em paciente sem esperanças com o tratamento convencional”, acrescenta o oncologista e hematologista, André Crepaldi.

 

Do portal gazetadigital.com.br

 

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