CULTURA 90.7

terça-feira, 04 de Dezembro de 2018, 10h:04

A AMBIÊNCIA QUE BUSCAMOS

Estado de mato Grosso Secretaria de estado de educação

ESCOLA ESTADUAL “JOSÉ LEITE DE MORAES”

Diretora: Professora Vilma Ribeiro de Moraes

Coordenadora: Nilma Machado Carvalho Rua professora Isabel Pinto S / N

vzg.ee.josel.moraes@seduc.mt.gov.br

Telefone(fax): 65 3685 1608

 

A AMBIÊNCIA QUE BUSCAMOS

 

PARTICIPANTES  

Professores do Ensino Regular Fundamental,  Médio e EJA:

Nilma Machado Carvalho,

João Marcos Coelho,

Jarbas Santiago,

Luceni Alves,

Vilma Ribeiro,

Maurício Bulhões,

Cleiton Sales  

Alunos do Ensino Fundamental Médio  Regular e EJA:

Lucas Felipe,

Patrick,

Victor Hugo Farias Oliveira Souza,

Karla Eduarda,

Franderson Henrique,

Lucas Denielson Feitosa Rondon,

Erick Mateus,

Tatiane,

Wlademir Gabriel de Oliveira Santos,

Thalita Beatriz Rondon,

Thayla Bianca Rondon,

Anderson Lucas Gordado Silva,

Flávia Francielly Feitosa Rondon,

Jerson do Nascimento Pereira Júnior e outros que quiserem participar.     

APRESENTAÇÃO  

Ambiência é um termo usado para definir o espaço de interação onde se realiza ações e atividades humanas. Ou seja, é o meio ambiente onde os seres vivos se completam, evoluem, criam, recriam, entre outras atividades. Na verdade toda vivência está relacionada ou intimamente ligada ao meio onde se estabelece. Assim, sendo, espaço é onde as necessidades dos seres vivos são nutridas, onde se produz conhecimento, e, por isso, torna-se importante preservar e usufruir com respeito e responsabilidade.  

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Portanto, praticar a preservação ou criação de um ambiente agradável na Escola é, antes de qualquer coisa, gostar de si, do seu próximo e da natureza à nossa volta, dessa forma, é também contribuir para o entendimento de que somos parte desse meio. É reconhecer o papel de cada um na proteção de todos os ambientes em que vivemos, tornando-os agradáveis, organizados e acolhedores. A Escola propõe com este trabalho, auxiliar as pessoas da comunidade e do nosso entorno a reconhecer a necessidade de vivermos em harmonia com a terra, as águas, as plantas, os animais e todas as demais formas de vida, principalmente com o próprio ser humano. É querer ser feliz sem causar danos a ninguém.   

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Portanto, através da implantação deste Projeto Ambiental e Educativo espera-se criar condições favoráveis para garantir o envolvimento e participação de todos (Escola, família e comunidade), utilizando-se para isso de múltiplas ações que visam melhorar a qualidade de vida e orientar o uso racional dos recursos e serviços que a natureza nos dispõe. Assim, espera-se modificar de forma significativa o modo de pensar e as posturas individuais e coletivas para a construção de um mundo melhor para todos nós a começar por nós mesmos.

JUSTIFICATIVA

A Escola Estadual José Leite de Moraes, por meio da equipe de professores do Ensino Médio e alunos do ensino médio e fundamental defendem a Educação Ambiental a partir de uma perspectiva que vá além do desenvolvimento de uma consciência ecológica, do ponto de vista da natureza, visando, também, às questões sociais, econômicas, políticas, científicas, culturais e éticas, sob o enfoque da Ambiência. Para tanto, tal projeto está previsto no eixo temático que tem por objetivo “Promover a inclusão da temática socioambiental e internalização das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Ambiental (DCNEA) no Projeto Político Pedagógico (PPP)”.

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As Orientações Curriculares para o Estado de Mato Grosso, dispõem da necessidade de respeitar as diversidades étnicas, de gêneros, a inclusão social, ambiental, Ciclo de formação humana, Quilombola, Educação do Campo, Eja, Educação sócio-educativa, entre outras necessidades para a formação cidadã. Além do já exposto, as Orientações Curriculares de Mato Grosso, no assunto sobre avaliação orienta que a avaliação não seja de forma negativa, mas que se possa entender o tempo de aprendizado de cada estudante e avaliar o seu esforço, sua vontade, o seu movimento em querer evoluir a cada dia, no processo.

A partir de um olhar mais próximo, para a Educação Ambiental, pautado numa visão holística e participativa, a Escola José Leite de Moraes propõe a realização do Projeto A Ambiência que buscamos, como forma de ampliar e consolidar o trabalho que já vem sendo realizado na escola, fortalecendo-o como espaço real de aprendizagem, interação e interdisciplinaridade. O presente projeto será desenvolvido a partir da realização de ações que possam subsidiar a comunidade escolar, o desenvolvimento intelectual, a postura reflexiva e a participação política diante dos assuntos contemplados pela Educação Ambiental, pressupondo que é possível instituir um ambiente justo, onde todos possam usufruir, respeitando as diversidades sobre as questões de gêneros, etnias, sexualidade, bullying, entre outros temas complexos relevantes ao coletivo escolar. Ações efetivas que possibilitem o aprender não apenas como adaptação frente a uma nova realidade, mas como forma de reflexão e intervenção nessa realidade.

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Pretende-se, então, proporcionar, por meio deste projeto, um amplo espaço para estudo, pesquisa, debate acerca das questões humanas e seu envolvimento na ambiência, considerando suas múltiplas e complexas relações, extrapolando os muros da escola e envolvendo a comunidade. A implantação do projeto se justifica, ainda, pela grande relevância para a prática pedagógica por meio da aprendizagem colaborativa, uso de metodologias diferenciadas e de novas tecnologias, e, dentro do processo de formação continuada, pela reativação das tecnologias do eu, ou seja, aquelas práticas em que se produz ou se transforma a experiência que as pessoas têm acerca de si mesmas.

Portanto, levar o aluno, o professor e a comunidade escolar a pensarem sobre tais questões só aprimora o conhecimento, como também alarga a convivência entre o pensar, fazer e construir. Assim, contará com múltiplos saberes que servirão como troca de experiências como fazer com que as aulas fiquem mais interativas para o aluno. Além de criar um espaço de pesquisa que instigue o trabalho em equipe, valores, atitudes e ações que culminarão em uma sociedade mais fortalecida e preservada, além do desenvolvimento da autonomia dos estudantes que participam do projeto.  Observam-se hoje novas discussões acerca de mudanças dos currículos escolares, buscam-se por novas formas de ensinar, e o quê ensinar, por isso, a Base Nacional Comum Curricular – o BNCC, está em avaliação e construção há anos. Nas considerações de MORIN, 2004,  

 [...] não temos que destruir disciplinas, mas temos que integrá-las, reuni-las uma as outras em uma ciência como as ciências estão reunidas, como, por exemplo, as ciências da terra, a sismologia, a vulcanologia, a meteorologia, todas elas, articuladas em uma concepção sistêmica da terra. Penso que tudo deve estar integrado, para permitir uma mudança de pensamento que conceba tudo de uma maneira fragmentada e dividida e impede de ver a realidade. Essa visão fragmentada faz com que os problemas permaneçam invisíveis para muitos, principalmente para muitos governantes. E hoje que o planeta já está, ao mesmo tempo, unido e fragmentado, começa a se desenvolver uma ética do gênero humano, para que possamos superar esse estado de caos e começar, talvez, a civilizar a terra. (MORIN, 2004, p. 12).  

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OBJETIVO GERAL     

Desenvolver um trabalho integrado na escola, contribuindo para que na escola tenha espaços coletivo e interativo, promovendo certa sensibilidade na comunidade escolar para a construção de um ambiente acolhedor, agradável, e sustentável do ponto de vista social, cultural e econômico, a partir de ações de natureza efetiva que conduzam os envolvidos a uma postura reflexiva diante das interações do indivíduo com o meio e as possíveis consequências de tais interações.  

OBJETIVOS ESPECÍFICOS   

ESCOLA ESTADUAL “JOSÉ LEITE DE MORAES”

 

 

 

 

 

 

Transformar um espaço ocioso na escola em um espaço acolhedor para aulas diferenciadas para todas as turmas da escola, desde fundamental I ao ensino médio, mostrando como é possível mudar atitudes para cuidar da ambiência;

Proporcionar aos estudantes embasamento para formar conceitos relacionados à importância da ambiência; ü  Identificar as doenças e problemas causados pelo lixo; ü  Reconhecer a importância do saneamento básico e higiene como prevenção de doenças e melhoria da qualidade de vida;

Estimular o hábito da coleta seletiva do lixo, reconhecendo a importância para o meio ambiente e que esta também pode ser uma forma de renda;

Oportunizar uma nova concepção na busca da compreensão e cooperação em atividades de educação ambiental, capacitação e mobilização, e o envolvimento de toda comunidade; 

Estimular atitudes de respeito à diversidade que permeia a sociedade atual, tais como a diversidade de gênero, étnico-racial, religiosa, política e ideológica, focando o homem como o próprio meio;

Ministrar aulas teóricas, práticas e de campo sobre temas como: convivência humana e convivência espacial para os participantes do projeto Escolar; 

Apresentação de trabalhos desenvolvidos pelos participantes em seminários, comunicação oral, pôster, entre outros;

Fixar cartazes / Murais em locais estratégicos indicando que atitudes devem ser tomadas em determinadas situações como, por exemplo: “Evite o desperdício de água”, nos banheiros; “Separe o lixo reciclável”, próximo de lixeiras e outros explicando os benefícios oriundos destas ações.

Tratamento e destinação responsável dos diversos tipos de resíduos (sólidos, orgânicos, papeis...).

Criar um sementário de plantas de espécies variadas para oportunizar ao aluno o trabalho prático com a terra e os seres vegetais;

Urbanizar um espaço ocioso na escola para que os estudantes possam criar, recriar e aprender socializar para todos possam usufruir de determinadas ações (plantar, embelezar por meio de jardinagem, implantar mesas e bancos para a pratica de leitura...);

Instalar uma cisterna para a captação da água da chuva, e o seu tratamento para um reaproveitamento na irrigação das plantas, da horta e na limpeza da área interna da escola. 

Instalar novas áreas verdes no corredor atrás das salas da escola, aproveitando a água dos ares condicionados para manter as plantas bem tratadas;

Divulgar os principais resultados alcançados pelo projeto.   

METODOLOGIA  

Os trabalhos neste projeto seguirão os passos de uma prática reflexiva em um trabalho de equipe com esquema de ações e de posturas que mobilizem o interesse dos alunos e da comunidade escolar. Ou seja, teremos encontros todas as quartas-feiras a partir das 13h e nos sábados no mesmo horário para que todos possam participar no horário que puder.

Dessa forma, haverá um aproveitamento com o propósito de, analisar, comparar e sintetizar a diversidade de informações apresentadas, de modo que, possamos utilizá-las a nosso favor com interatividade prazerosa nas discussões, nas ações sustentáveis a serem desenvolvidas na escola ou em outro ambiente. Buscando ampliar e consolidar o trabalho que já vem sendo realizado, fortalecendo-o como espaço real de aprendizagem, interação e interdisciplinaridade. Além disso, o projeto também visa subsidiar, na comunidade escolar, o desenvolvimento intelectual, a postura reflexiva e a participação política diante dos assuntos contemplados pela Educação Ambiental, possibilitando o aprender não apenas como adaptação frente a uma nova realidade, mas como forma de reflexão e intervenção na realidade.  

Será trabalhada uma metodologia que permita a maior integração dos conteúdos de ensino, de forma interdisciplinar, enfatizando uma construção coletiva, para tanto os trabalhos serão desenvolvidos através de estudos teóricos, utilização de recursos tecnológicos variados, urbanismo escolar, palestras, trabalhos de conscientização no bairro, elaboração de boletins informativos, pesquisas, entre outros.    

 

CRONOGRAMA DE ATIVIDADES

 

novo

 

 

AVALIAÇÃO                                                   

A avaliação do Projeto irá ocorrer em todas as fases, sempre com o acompanhamento da Equipe Gestora, dos Professores participantes, e pelo Conselho Deliberativo da Comunidade Escolar (CDCE), analisando e aprovando a aplicação dos recursos e o desenvolvimento das Ações.  Acontecerá de forma processual, sistemática e contínua. Observando o desempenho dos envolvidos, o desenvolvimento das capacidades e habilidades, previstas para cada etapa do projeto; identificando, registrando e relatando passo a passo todos os resultados obtidos em relação aos objetivos propostos.

A Avaliação será utilizada também, durante toda a Elaboração e  Execução do Projeto como forma de reflexão das Ações Planejadas e Executadas e ainda, tomadas de decisões quando necessários ocorrer  ajustes e reorientação relacionadas à temáticas e a pratica pedagógica.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS    

GARCIA, Carlos Macedo. Formação de Professores para uma Mudança Educativa. Porto: Porto Editora,1999.  

Lei de Diretrizes e Bases da Educação, 9.394 de 20 de dezembro de 1996. Acesso em 29 de Jan/2016. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm  

Ministério da Educação.  Secretaria de  Educação  Continuada,  Alfabetização  e Diversidade  na  Educação:  Um  Retrato  da  Presença  da  Educação  Ambiental  no  Ensino Fundamental Brasileiro: o  percurso  de  um  processo  acelerado  de  expansão. Brasília: MEC, 2005, p.23.   

MORIN, Edgar. Os sete saberes necessários à educação do futuro. portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/EdgarMorin.pdf. Acesso em junho de 2016.  

Orientações Curriculares para o Estado de Mato Grosso. http://www.seduc.mt.gov.br/educadores/Documents/. Acesso Fev/2016.  

Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso, Secretaria Adjunta de Políticas Educacionais:

Orientações Curriculares da Educação Ambiental. Mato Grosso, 2010.   

TRIPP, David. Pesquisa-ação: uma introdução metodológica. Universidade de MurdochEducação e Pesquisa, São Paulo, v. 31, n. 3, p. 443-466, set./dez. 2005.  

VASCONCELLOS, Celso dos Santos. Planejamento: Projeto de ensino aprendizagem e Projeto Político Pedagógico – elementos metodológicos para elaboração e realização. São Paulo: Libertad, 1999.  


Fonte: CULTURA 90.7

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